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sábado, 14 de julho de 2012

Moraes Moreira lança novo álbum com canções inéditas e mistura de ritmos


No CD, Moraes Moreira faz homenagens e cita imortais, como Machado de Assis



Ao longo de uma vasta trajetória artística, Moraes Moreira permitiu-se experiências musicais proporcionadas pela imersão nos mais variados ritmos, indo do baião ao rock. Nada mais justo do que, agora, reunir aqueles que mais permearam sua obra, desde a formação dos Novos Baianos. E esta reunião chega em forma de canções inéditas no novo álbum, A Revolta dos Ritmos, lançado este mês pelo selo Biscoito Fino.
Mas se engana quem pensa que o disco foi concebido desde o início com a proposta de misturar tantos ritmos. "O lance é que eu nem ia fazer um disco tão plural. A ideia era um CD só de samba. Mas os outros ritmos ficaram com ciúmes. Eles disseram ‘pô, trabalhamos tanto tempo juntos e agora você nos abandona’ ", brinca o músico.
O álbum é composto por 12 composições de Moraes, duas em parceria com Fred Góes, que explora a variedade rítmica. Do início ao fim do disco, o ouvinte passa por samba, bossa-nova, xote, baião e frevo. Tem até valsa (A Dor e o Poeta), bolero (No Ipod do Meu Coração) e caboclinho (Que Nem Mandacaru), ritmos nada usuais durante a carreira.
Entre as composições, Moraes faz algumas homenagens. Na canção Brasileira Academia, ele cita vários imortais, como Machado de Assis, João Ubaldo Ribeiro e Castro Alves. Uma delas remete a um baiano ilustre da literatura. “Fizemos uma música sobre o universo de Jorge Amado. Ela surgiu por causa do tema do Carnaval. E agora, com o centenário dele, ela veio parar no disco”, conta o compositor.
Defensor do Carnaval popular e da tradição do encontro de trios elétricos na Praça Castro Alves, Moraes sustenta na música A Praça, o Povo e o Poeta a manutenção daquela folia. “A Praça, para mim, sempre foi a síntese do Carnaval na Bahia. Fiz essa canção para reafirmar a importância de se manter aquele Carnaval e o encontro de trios naquele espaço”, observa.
Desde que Moraes Moreira gravou o último disco de inéditas já se passaram sete anos. Em 2005, ele havia gravado o álbum De Repente. “Demorei de gravar outro por causa de novos projetos que surgiam. Composições novas eu já tinha. Dariam pra mais uns dois discos”, diz.
E, segundo ele, os projetos não param. “Pretendo lançar um livro de poesias”, revela.


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